quarta-feira, 11 de março de 2009

romance policial - 1° capitulo - parte II

Como trabalhariam juntos neste caso, Luis Carlos não estava disposto a passar o tempo todo calado – este não era seu perfil, apesar de que também tinha seus momentos de silêncio e reflexão, mesmo sendo muito comunicativo.
Com certeza iria aproveitar ao máximo sua estadia neste país e “afinar” um pouco o seu conhecimento da língua espanhola que estava meio enferrujada. Além do que, esse novo trabalho era algo que despertou um interesse muito grande pelo seu teor de mistério e suspense. Pela maneira reservada do detetive Amaral não tinha obtido muitos detalhes sobre o que realmente iria fazer, mas tinha aceitado por ser muito bem remunerado além de ter todas as despesas pagas.
Logicamente tinha achado muito estranho quando recebeu o telefonema há alguns meses atrás. Fora avisado para comparecer à secretaria da Faculdade e atender a um telefonema cuja pessoa não quis se identificar para a telefonista pedindo para falar com urgência com o professor Luis Carlos Moreira. Bem que ele achou que fosse algum trote ou alguma aluna que não queria se identificar, quando ouviu a voz feminina juvenil do outro lado da linha:
“Alô! Bom dia! É o professor Luis Carlos Moreira quem está falando?” – “O detetive Amaral pediu para entrar em contato e deixar um horário agendado para uma reunião aqui no escritório – poderia ser amanhã às 9:00?”.
Esse telefonema deixou Luis Carlos meio apreensivo e naquele momento, não lembrou que no início da semana fora procurado por um senhor, que tinha obtido informações ao seu respeito na reitoria da faculdade e requisitava um serviço de consultoria técnica na área de História do Império Asteca. Claro que ele não recusou e se dispôs mesmo não sabendo do que se tratava, pois o tal senhor iria entrar em contato para marcarem uma reunião. Depois que se despediram Luis Carlos permaneceu alguns minutos parado, olhando para o cartão do detetive Amaral, olhando com mais atenção ainda para o endereço do fulano : praça Júlio Prestes – Luz pensando “Caraca...esse lugar deve ser um muquifo.”
“Alô!...” repetiu a voz feminina, já que Luis Carlos permanecia calado – tentando assimilar os pensamentos.
“Sim!” – respondeu ele meio agitado – “Sou eu mesmo!” – se desculpando por não lembrar do encontro anterior – “Podemos com certeza deixar marcado para amanhã neste horário, apenas adianto que poderei me atrasar devido ao trânsito nesta região do Centro” – mentalmente Luis Carlos tentava administrar melhor tudo aquilo e fez um itinerário de uma maneira que pudesse chegar a tempo - talvez fosse de metrô porque não tinha muita paciência com o trânsito.

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